Vendas Diretas



Vender de porta em  porta é uma ótima alternativa para quem quer ganhar dinheiro. Pode ser  um quebra-galho no orçamento doméstico ou a saída para quem está  desempregado. Qualquer pessoa, acima de 18 anos, pode trabalhar no  setor.

Basta ter vontade  e uma rede de relacionamentos interessante para oferecer os produtos.  Esse sistema é conhecido como venda  direta e movimenta milhões de reais na economia brasileira.

A  venda direta se caracteriza quando um bem ou um serviço é  comercializado entre o vendedor e o cliente sem a intermediação de um  estabelecimento comercial fixo. O serviço começou a ser explorado no  Brasil no fim da década de 50, com as revendedoras da Avon. Hoje, são  centenas de empresas que oferecem o serviço.

A venda direta vem  crescendo ao longo dos anos. O volume de vendas negociado no ano passado  foi de R$ 16 milhões, o que significa um aumento de 11,7% em relação a  2006. Um dos principais reflexos do bom desempenho do setor se dá no  crescimento do número de revendedores ativos. Fechamos o ano de 2007 com  1,9 milhões de revendedores, um crescimento de 17,8% em relação ao ano  de 2006.

O crescimento se dá porque a venda direta é uma  oportunidade para qualquer pessoa. Quanto mais qualificadas forem,  melhores empreendedores serão. O revendedor  pode se dedicar totalmente ao negócio ou apenas uma parte de seu tempo  livre.

Não existe um perfil para se trabalhar com a venda direta,  qualquer um que tenha vontade pode se tornar um empresário do setor.  Para quem já tem uma renda, é um  extra no orçamento. Para quem  está desempregado é uma oportunidade de  trabalho. E as vantagens são muitas. Não tem horário fixo, não  tem necessidade de prestar contas a toda hora, não tem um chefe. São  profissionais livres. Pode ser um estudante, uma dona de casa. Não há  limite de idade ou classe social. Até mesmo quem nunca pensou em  trabalhar com isso acaba se animando.

Algumas pessoas quando são  procuradas para serem representantes  dizem que não sabem como vender.
Então, basta perguntar: “mas você  conhece seus vizinhos, quantos amigos você tem, quantos conhecidos  poderiam se interessar pelos produtos?”. E assim fazemos uma lista de 50  possíveis clientes e a pessoa acaba se animando. Agora, calcula se  tivéssemos a possibilidade de expandir o nosso negócio para a internet, onde as pessoas nos  encontrariam e nos pediriam informações sobre os nossos produtos?  Teríamos, então, vendas diretas automatizadas, facilitando o processo.

Dessa  forma, para entrar no ramo, não precisa, então, saber vender.

Se  resolver trabalhar localmente, basta ter um bom relacionamento e levar  um catálogo, uma oferta. Isso faz com que a venda seja atrativa. Se na  internet, basta uma boa campanha publicitária a atrair centenas de  interessados que se cadastram no seu site e que te solicitam informações  sobre os produtos.

Em tempos de crise, é uma ótima maneira de  incrementar o orçamento. Há também pessoas que se tornam revendedoras  para o seu próprio consumo, ou para presentear amigos e parentes, o que  já proporciona um ganho médio aproximado de 30% sobre o valor total dos  produtos consumidos, visto que não existe um mínimo de vendas por mês.  Esses são chamados de revendedores consumidores e exercem o que chamamos  de consumo inteligente.

É importante frisar que todo revendedor é  autônomo. Sendo assim, não existe vínculo empregatício com a empresa e  ela não pode disponibilizar os benefícios. Mas o revendedor é estimulado  a ser um contribuinte do INSS. As empresas devem fazer um treinamento  com os revendedores para que eles saibam suas obrigações  previdenciárias, para que ele recolha como autônomo. A única obrigação  do revendedor com a empresa é pagar os produtos que ele comprou para  revender. Também não existe comissão, porque isso é para vendedor. O  revendedor tem o lucro ou o bônus sobre tudo aquilo que ele  comercializa.
O Brasil é hoje o quinto maior mercado mundial em venda  direta.
O ranking é esse:

1º - Estados Unidos,
2º- Japão;
3º  - Brasil;
4º - Coréia;
5º- Alemanha.

Produtos de cuidados  pessoais representam 88% das vendas. Estão incluídos aí produtos de  higiene, perfumaria, cosméticos e etc. Inclusive a venda direta nasceu  com empresas que vendiam produtos de cuidados pessoais. O segmento de  suplementos nutricionais representa 6% do mercado e vem apresentando  crescimento. Produtos de cuidados para o lar somam 5% do mercado. Os  outros 1% são basicamente serviços de viagem e telefonia.

A renda  média de uma pessoa que trabalha com venda direta sem o apoio da  internet pode ser de um salário-mínimo e meio mensal, mas há casos de  pessoas que se dedicaram realmente ao negócio e hoje têm ganhos de mais  de R$ 10 mil mensais. São revendedores que montaram uma verdadeira  empresa distribuidora e se dedicam exclusivamente a esse trabalho.  Alguns se estabelecem como pessoa jurídica e têm funcionários  trabalhando para si. Outros usam as facilidades da internet, criando uma  legião de clientes ao redor do País.

As dicas para os iniciantes  são as seguintes: trabalhar com uma empresa ética, que esteja bem no  mercado; procurar os mercados mais promissores, empresas que estejam  indo bem nesse segmento; não ter medo de se lançar no mercado como  empreendedor, pois é um mercado aberto para qualquer pessoa, de qualquer  idade e nível social; e o um dos pontos-chaves da venda direta: saber  se relacionar com as pessoas e conquistar os clientes.